Os oceanos são a base para grande parte da economia mundial, além de fonte de alimento e de regulação do clima. Mas a ideia de que seus recursos são inesgotáveis está levando os estoques pesqueiros globais rumo ao colapso. Nas próximas décadas, além do risco de extinção, espécies populares como o atum e o badejo serão cada vez menos comuns na mesa do brasileiro.
Preocupada com a rápida degradação da biodiversidade marinha, a ONU Meio Ambiente se uniu ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e à Iniciativa Azul do Brasil para promover um diálogo de alto nível com especialistas nacionais e internacionais.
Os oceanos são a base para grande parte da economia mundial, além de fonte de alimento e de regulação do clima. Mas a ideia de que seus recursos são inesgotáveis está levando os estoques pesqueiros globais rumo ao colapso. Nas próximas décadas, além do risco de extinção, espécies populares como o atum e o badejo serão cada vez menos comuns na mesa do brasileiro.
Preocupada com a rápida degradação da biodiversidade marinha, a ONU Meio Ambiente se uniu ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e à Iniciativa Azul do Brasil para promover um diálogo de alto nível com especialistas nacionais e internacionais. O evento, que será realizado em Florianópolis, nesta segunda-feira (30), seguido pelo Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, na terça-feira (31), visa estimular a troca de experiências e boas práticas e levantar soluções para a conservação marinha e costeira.
“As áreas marinhas protegidas são uma das melhores ferramentas para garantir a saúde dos nossos oceanos e impedir a sobrepesca, a poluição e a acidificação. Elas trazem benefícios ecológicos, mas também grandes ganhos econômicos”, afirmou a representante da ONU Meio Ambiente, Denise Hamú.
No mundo, existem mais de 15.300 áreas marinhas protegidas, cobrindo o equivalente a 7,2% da superfície total do oceano. A chamada Meta de Aichi 11, estabelecida pela Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB-ONU), recomenda a proteção de pelo menos 10% das áreas marinhas e costeiras até 2020. O Brasil, com seus mais de 8,5 milhões de quilômetros de litoral, tem um papel estratégico nesta governança global dos oceanos e já superou a meta quantitativa no início de 2018.
Porém, em termos qualitativos, a eficiência das áreas protegidas está diretamente relacionada ao engajamento e empoderamento das populações tradicionais que vivem nessas áreas. “Parcerias com outras organizações, especialmente a Iniciativa Azul, que pretende dinamizar as parcerias para implementar ações, são fundamentais para a realização de atividades e estratégias voltadas ao fortalecimento e engajamento de comunidades tradicionais e à conservação da natureza”, explicou Hamú.
Além da representante da ONU Meio Ambiente, a oficina contará com a participação de Harry Reyes, responsável pelo sucesso na conservação do Parque Nacional de Galápagos (Equador); Felipe Paredes, do Ministério do Meio Ambiente do Chile; Cláudio Maretti, diretor de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial em UCs do ICMBio; Lauren Weatherdon, do Programa de Áreas Protegidas da UNEP-WCMC; Tathiana Souza e Bruna de Vita, do ICMBio; Marcus Carneiro, do Instituto de Pesca de São Paulo; e Carlos Alberto dos Santos, da Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas Marinhas e Costeiras do Brasil