Em parceria com a ONU Brasil, o IBOPE entrevistou 2.002 indivíduos de 143 municípios para avaliar o nível de conhecimento do brasileiro sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS) — um conjunto de metas adotadas em 2015 pela Assembleia Geral para erradicar a pobreza e combater as mudanças climáticas, entre outros propósitos, até 2030.
Em parceria com a ONU Brasil, o IBOPE entrevistou 2.002 indivíduos de 143 municípios para avaliar o nível de conhecimento do brasileiro sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS) — um conjunto de metas adotadas em 2015 pela comunidade internacional para erradicar a pobreza e combater as mudanças climáticas, entre outros propósitos, até 2030.
A pesquisa revela que um a cada dez cidadãos tem algum conhecimento sobre essa agenda global e 38% já ouviram falar do tema, mas não conhecem o assunto. Quando questionados sobre quem seria o principal responsável pelo cumprimento dos ODS — que incluem metas sobre o fim da fome, a promoção da educação de qualidade e a eliminação da violência de gênero —, 51% dos entrevistados citaram o governo federal. Outros 46% responderam se tratar do nível estadual de governo e 33% citaram as Prefeituras.
Abaixo do Estado, caberia também ao setor privado e às instituições acadêmicas a implementação dos objetivos da ONU, segundo 14% dos entrevistados. Apenas 4% acreditam que a população em geral seria a maior responsável pelas metas do organismo internacional.
O documento revela que ainda há um longo caminho a percorrer para conscientizar o público brasileiro sobre a Agenda 2030 — 49% dos entrevistados nunca tinham ouvido falar do marco global firmado há quase dois anos por todos os países-membros da Assembleia Geral da ONU.
A pesquisa também perguntou aos entrevistados sobre quais ODS, caso cumpridos, trariam benefícios para o Brasil. Entre os mais citados, estão a garantia da saúde e do bem-estar, o fim da miséria e a promoção da educação de qualidade. Os menos mencionados foram o acesso à energia limpa e acessível, o combate às mudanças, a adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo e o fortalecimento de parcerias e meios de implementação.
Outro dado mensurado pelo estudo é a disposição do brasileiro em colaborar com a implementação de cada uma das metas. O nível mais alto de engajamento identificado foi de 30% para dois ODS — saúde e educação. Ou seja, menos de um terço da população colaboraria com essas metas.
Os índices são ainda menores para outros Objetivos — 3% estariam dispostos a contribuir para o combate às transformações do clima, 9% para a promoção da igualdade de gênero e fim da violência contras as mulheres e 15% para a erradicação da fome.
Fonte: ONU Brasil.