Às vésperas do Dia Mundial Humanitário, o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, foi iluminado de azul — cor que representa a paz e as Nações Unidas — para lembrar os civis que foram vítimas ou estão sob risco diante de guerras e conflitos armados no mundo todo.
Às vésperas do Dia Mundial Humanitário, o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, foi iluminado de azul — cor que representa a paz e as Nações Unidas — para lembrar os civis que foram vítimas ou estão sob risco diante de guerras e conflitos armados no mundo todo.
Neste ano, o tema para a data é “Não é alvo” (#NotATarget), chamando a atenção para os civis e equipes humanitárias atacados em conflitos armados.
Mesmo com a forte chuva, o cartão postal da capital fluminense pôde ser visto iluminado na noite de quinta-feira (17). A ação foi promovida pela ONU no Brasil.
“A mensagem da ONU para este ano é a de que temos que evitar o sofrimento imenso e inaceitável da população civil causado por instituições de guerra e de conflito armado no mundo”, declarou o diretor do Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil (UNIC Rio), Maurizio Giuliano, em visita ao monumento para a iluminação especial.
Atualmente, existem mais de 60 milhões de pessoas deslocadas externa e internamente devido a guerras e conflitos armados no mundo. Segundo Giuliano, esses deslocados necessitam não apenas de ajuda material, mas de proteção.
“As pessoas que estão fugindo da Síria não o fazem por razões unicamente materiais, fogem porque viram seus vizinhos serem atacados, casas e escolas sendo destruídas. Consideraram não ser mais seguro permanecer ali”, afirmou, lembrando que o Brasil abriga milhares de refugiados de países como Síria e República Democrática do Congo.
“Obrigada Brasil por sua poderosa mensagem para o Dia Mundial Humanitário e por seu forte compromisso com a lei humanitária internacional”, disse em comunicado sobre o evento a princesa da Jordânia, Sarah Zeid, que preside a iniciativa humanitária Every Woman Every Child Everywhere.
“Civis, centros médicos, pessoal humanitário, escolas e locais religiosos precisam ser protegidos, e a lei humanitária internacional precisa ser defendida e respeitada. Se não pudermos ter paz, podemos ao menos garantir a proteção das populações e infraestruturas necessárias para que sobrevivam e prosperem, especialmente mulheres e crianças”, acrescentou a princesa da Jordânia.
Em evento realizado nesta sexta-feira (18) na Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio), especialistas discutiram os dilemas e desafios contemporâneos da proteção de civis.
“Alguns dos instrumentos da lei humanitária internacional atualmente em vigor não foram pensados para os cenários atuais, enquanto o Estatuto de Roma foca mais na responsabilização do que na prevenção”, declarou Giuliano durante o evento (leia mais aqui).
O Dia Mundial Humanitário, lembrado em 19 de agosto, foi instituído em 2008 pela Assembleia Geral da ONU em memória às 22 pessoas mortas em um ataque terrorista às instalações das Nações Unidas em Bagdá, no Iraque, em 2003. O diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello foi uma das vítimas desse ataque.
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Fonte: ONU Brasil.