Linhas de financiamento para projetos de placas solares para captação de energia têm impacto sobre o número.
Segundo dados divulgados no início deste ano pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil deverá ultrapassar a marca de 2 GW de geração de energia solar fotovoltaica em operação. De acordo com a entidade, pelo menos 85% da potência instalada é proveniente de usinas solares, também conhecidas como parques solares, resultado de quatro leilões de energia, localizadas, em sua maioria, no Norte, Nordeste e Centro Oeste. Já o segmento de geração distribuída formada por residências, comércio, indústrias, edifícios públicos, estacionamentos e zona rural evoluiu 150%.
Atualmente, a capacidade de energia instalada é suficiente para abastecer 500 mil residências do país, produzindo energia renovável, limpa, sustentável e competitiva capaz para atender o consumo de dois milhões de brasileiros.
Segundo Anaibel Novas, gerente da Unidade de Negócios de Energia Fotovoltaica da multinacional austríaca Fronius, “os projetos e as instalações estão ganhando escala, um fator extremamente importante para os fabricantes e para toda cadeia na geração solar fotovoltaica. Acreditamos muito no potencial do país”. Ainda de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) existem mais de 27 mil unidades consumidoras de energia distribuída.
Hoje existem várias linhas de financiamento para energia solar no Brasil direcionadas às pessoas física e jurídica. Só para ter uma ideia, nos municípios da área de atuação das agências de financiamento SUDAM (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia) , SUDENE (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste) E SUDECO (Superintendência do Desenvolvimento do Centro Oeste) têm uma linha específica de financiamento na ordem de R$ 3,2 bilhões de reais com taxa real de juros na casa de 3% ao ano (somada a inflação ao redor de 6,24% e 7,33% ao ano) destinados à pessoa física, através dos bancos: Banco do Nordeste, Banco do Brasil e Banco da Amazônia.
A Caixa Econômica Federal (CEF) passou a aceitar projetos de energia solar em sua linha de crédito Construcard com juros em torno de 2,5% ao mês e pode ser parcelado em até 240 vezes em todo o Brasil. Está disponível para pessoa física e jurídica. Já o Banco Santander, através do Santander Financiamentos, disponibiliza crédito – tanto para pessoa jurídica como física – para a instalação de sistemas fotovoltaicos com parcelamento de até 48 vezes e a taxa de juros que varia de acordo com os valores, prazo e demais condições escolhidas pelo beneficiado. Os fornecedores e instaladores dos painéis credenciados no Santander Financiamentos possuem sede em diversos estados brasileiros e atendem em todo o território nacional.
O Banco BV possui uma linha de crédito especial para pessoas físicas que querem montar um projeto de placas solares para captação de energia no seu próprio imóvel. O interessado consegue financiar 100% do valor total do equipamento e da instalação e parcelar em até 60 meses. O benefício é possível em todos os estados.
No caso do estado de São Paulo, o projeto DESENVOLVE SP inclui o financiamento de sistemas fotovoltaicos voltado para pequenas e médias. O objetivo é reduzir em 20% as emissões de CO2 de São Paulo até 2020. O governo estadual criou a linha de Financiamento Economia Verde, parcelado em até 120 vezes.
Já o Sicredi, entre as linhas de crédito existente, possui uma em especial para quem deseja instalar energia solar. Seu diferencial é agilidade na liberação dos fundos e não há burocracia dos grandes bancos.
Fonte: Redação CicloVivo.