A eficiência da higienização pelo revolvimento das areias nas praias do Paraná é tema de um dos estudos apresentados no 7.º Congresso de Microbiologistas Europeus. O evento está ocorrendo nesta semana em Valência, Espanha, e o trabalho será apresentado pela farmacêutica bioquímica do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Sumaia Andraus. A pesquisa foi realizada em conjunto com o engenheiro agrônomo Jair Alves Dionísio, que é professor do Departamento de Solos e Engenharia Agrícola da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Foto: divulgação.
A eficiência da higienização pelo revolvimento das areias nas praias do Paraná é tema de um dos estudos apresentados no 7.º Congresso de Microbiologistas Europeus. O evento está ocorrendo nesta semana em Valência, Espanha, e o trabalho será apresentado pela farmacêutica bioquímica do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Sumaia Andraus. A pesquisa foi realizada em conjunto com o engenheiro agrônomo Jair Alves Dionísio, que é professor do Departamento de Solos e Engenharia Agrícola da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Os dois pesquisadores estudaram os resultados de 120 análises, realizadas em 15 meses, no Litoral do Paraná. As amostras analisadas foram coletadas nas areias das praias de Caiobá, Guaratuba e Matinhos, onde a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) prestou os serviços de higienização e de limpeza das areias.
De 21 de dezembro a 5 de março, a empresa colocou para operar, à noite, seis máquinas saneadoras para essa higienização, com quase cem coletores, que recolhiam resíduos e faziam a varrição da areia, durante o dia.
O serviço se estendeu por 61 quilômetros de faixa da orla, chegando também a Pontal do Paraná. No total, a Sanepar coletou 1.161 toneladas de lixo, numa média diária de 15 toneladas.
INVESTIGAÇÃO - A investigação científica de Sumaia e Jair comprovou a eficiência do serviço de revolvimento na eliminação de microorganismos que causam doenças como diarreias, gastroenterites, alergias na pele, parasitoses e viroses. Os estudos envolvem análise microbiológica para determinar a presença de Escherichia colli e Enterococos. “São dois excelentes indicadores de contaminações. Por isso, os utilizamos no monitoramento”, explica Sumaia.
A farmacêutica explica que revolver a areia faz com que os microorganismos que causam problemas de saúde fiquem expostos à luz solar, especialmente aos raios ultravioleta, e é isso que os elimina, mesmo em dias nublados. “O revolvimento é tão eficiente que em alguns pontos chega a zerar a contaminação. O método de revolvimento é bastante eficiente, sustentável e barato na prevenção de doenças. Como o banhista fica em contato direto com a areia, essa higienização é importantíssima para o cuidado com sua saúde”, diz a pesquisadora.
PREVENÇÃO - Além da eliminação de microorganismos, o trabalho de revolvimento com as máquinas saneadoras também retira resíduos de menor tamanho, como cacos de vidro, pregos, objetos cortantes, bitucas de cigarro e tampinhas de garrafa. “O trabalho da Sanepar está ligado à saúde da população e, por isso, desenvolvemos essa atividade no Litoral, que está ligada à prevenção de doenças e à preservação da saúde e do meio ambiente. No entanto, a população pode colaborar sempre com a limpeza, recolhendo o lixo e os resíduos que levarem para a praia e dando destino correto a eles, seja na temporada ou fora dela”, diz o diretor de Meio Ambiente da Sanepar, Glauco Requião.
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Fonte: Instituto Ambiental do Paraná (IAP).