Os líderes reunidos na Alemanha devem garantir a implementação – e até mesmo ultrapassar – as metas acordadas por 195 em Paris
Os líderes mundiais do G20 chegaram nesta sexta-feira a Hamburgo, na Alemanha, e foram recebidos com muitos protestos. Em frente ao prédio onde se reuniram, ativistas do Greenpeace prepararam uma ação de boas-vindas com uma enorme e divertida estátua do "Baby Trump" sentado no planeta Terra. A mensagem é clara: não espere que Trump cresça, mas aja agora para barrar as mudanças climáticas!
"A decisão de Trump de renunciar ao acordo de Paris tornou impossível uma declaração conjunta forte do G20 em relação ao clima. Mas Merkel, como anfitriã do G20, não deve sacrificar o objetivo em nome da unidade. Em vez disso, precisamos de um compromisso do G19 com a ação climática que demonstre a intenção de implementar - e até ultrapassar - o que as 195 nações concordaram em Paris”, avalia Jennifer Morgan, diretora-executiva do Greenpeace Internacional.
Para ela, o G19 tem a responsabilidade de sinalizar ao mundo a necessidade de manter e ampliar os objetivos voltados ao clima. “Este é o momento para o G19 mostrar solidariedade com pessoas de todo o mundo, incluindo os prefeitos, governadores e CEOs dos EUA que estão comprometidos com a ação climática, e demonstrar que a transformação para a economia de carbono zero é tão irreversível quanto o acordo de Paris", complementa.
O presidente Michel Temer também participa da reunião, em um momento no qual o governo brasileiro deixa a desejar com relação a ações de enfrentamento às mudanças climáticas. "É importante que o Brasil siga defendendo a implementação do Acordo de Paris, como tem feito desde seu surgimento, mas, mais importante ainda, é fazer a lição de casa", afirma Pedro Telles, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil. "Temos andado para trás no combate às mudanças climáticas, com grandes esforços para reverter leis e políticas públicas por parte do governo, de parlamentares e de atores que lucram destruindo nossas florestas e poluindo nosso ar", conclui.
Fonte: Greenpeace Brasil.