Litoral terá Centro de pesquisa e tratamento de animais marinhos. Na foto, reunião entre secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Antonio Carlos Bonetti, junto com o superintende do Ibama no Paraná, Júlio Gonchorosk, e representantes da Petrobras, do Centro de Estudos do Mar, da Universidade do Vale de Itajaí e do secretário executivo do Colit, Alfredo Parodi. Foto: Divulgação SEMA.
O Paraná terá um centro de pesquisa e reabilitação de animais marinhos, no Litoral. O empreendimento é financiado pela Petrobrás será administrado pelo Centro de Estudos do Mar (CEM), da Universidade Federal do Paraná, uma das instituições que integram o projeto de monitoramento de praias e de avaliação das interferências em aves, tartarugas e mamíferos marinhos quanto às atividades do pré-sal realizadas na Bacia de Santos.
O licenciamento ambiental do Centro de Reabilitação Paranaense vem sendo conduzido pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e está em fase de aprovação pelo Conselho de Desenvolvimento Territorial do Litoral Paranaense (Colit). O assunto foi tratado na terça-feira (01), pelo secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Antonio Carlos Bonetti, junto com o superintende do Ibama no Paraná, Júlio Gonchorosk, e representantes da Petrobras, do Centro de Estudos do Mar, da Universidade do Vale de Itajaí e do secretário executivo do Colit, Alfredo Parodi.
O secretário do Meio Ambiente disse que, ainda em novembro, o assunto será apresentado ao Conselho de Desenvolvimento Territorial do Litoral. “O processo já está apto para ser apreciado pelos conselheiros e nossa intenção é que até 20 de novembro aconteça mais uma reunião, quando esse assunto deverá ser apreciado”, disse Bonetti.
PONTAL DO SUL - O Centro de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos será instalado em Pontal do Sul, na área cedida pela União para a Universidade Federal do Paraná. Além de toda infraestrutura para atendimento aos animais resgatados e análise de saúde, ainda terá um espaço para educação ambiental.
Para este Centro serão levados os animais marinhos (aves, tartarugas, botos e outros), vivos ou mortos, resgatados pelas equipes que monitoram diariamente todas as praias do Litoral Paranaense. O Centro também será um importante ponto de apoio para atendimento dos animais no caso de um acidente ambiental.
Hoje, os animais ficam em local improvisado dentro das instalações do CEM, muitas vezes são transportados até Florianópolis, onde fica o Centro de Reabilitação mais próximo. “Esse é um projeto que vai atender aos interesses do Estado, pois quando o Centro de Pontal do Sul estiver pronto, as chances de sobrevivência dos animais aumentarão muito e toda a pesquisa científica será feita dentro do Paraná”, disse a coordenadora do projeto de Monitoramento de Animais Marinhos no Paraná, Camila Domit.
CONDICIONANTE - Além do resgate, o CEM faz analises laboratorial para saber as causas da morte dos animais e para verificar possíveis problemas ambientais causados por atividades potencialmente poluidoras. O Projeto de Monitoramento de Praias é condicionante no licenciamento ambiental do Ibama para a produção de petróleo no pré-sal na Bacia de Santos, área oceânica que envolve a plataforma costeira paranaense.
Numa área de 800 quilômetros, entre Ubatuba, no estado de São Paulo, até Laguna, em Santa Catarina, o projeto é coordenado pela Univali e envolve mais de 400 técnicos e 15 instituições, entre elas o Centro de Estudos Marinhos da UFPR. Nesse trecho, a rede de atendimento será reforçada com a construção de cinco unidades de estabilização de animais e cinco unidades de reabilitação. Uma delas é a de Pontal do Sul. “Tudo correndo bem com o licenciamento ambiental, nossa intenção é começar as obras em dezembro pra o Centro ficar pronto em outubro de 2017”, disse Cláudio Souza, da Univali.
RESULTADOS - Em um ano foram registrados quase 15 mil animais marinhos, vivos e mortos, na área de 800 quilômetros de costa monitorada pelo projeto. No trecho de praias paranaenses foram 1.800 animais em 12 meses. Só em setembro deste ano foram 660 animais. “Além das pesquisas que atendem diretamente o objetivo do projeto, com esse trabalho conseguimos, por exemplo, identificar animais que ainda não estavam registrados na lista de espécies paranaenses. Também podemos avaliar outras causas de contaminação, de doenças. Enfim, é um projeto que traz muitas informações para a sociedade e que respondem demandas estaduais e nacionais referentes à fauna marinha" disse Camila Domit.
Saiba mais sobre o trabalho do Governo do Estado em: http://www.facebook.com/governopr e www.pr.gov.br
Fonte: Instituto Ambiental do Paraná (IAP).