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Morro da Lagoa da
Conceição nos anos 70
adaptando aos novos ritmos da moda, até fechar as portas pouco antes da chegada
do novo milênio.
A expansão urbana de Florianópolis na década de 1970 incluiu o asfaltamento de vá-
rias rodovias que levavam às praias, a exemplo da SC-401, caminho para o norte da
Ilha. Cada vez mais, os turistas – especialmente gaúchos e argentinos – descobriam os
encantos da cidade. Consolidando-se como prestadora de serviços, a capital viu suas
poucas indústrias serem transferidas para a área continental e os municípios vizinhos.
Em 23 de fevereiro de 1979, véspera do carnaval, Florianópolis recebeu uma visita
ilustre: a cantora e atriz norte-americana Liza Minelli, que havia se apresentado no
Rio e em São Paulo e foi convidada a conhecer Florianópolis por um amigo local, o
Beto Stodieck, o músico e compositor Luiz Henrique Rosa. Ele deixara a cidade alguns anos antes para
colunista que era a
cara da cidade nas fazer carreira em Nova York, onde conheceu a estrela vencedora do Oscar de melhor
décadas de 70 e 80 atriz, em 1973, pelo filme Cabaret.
A intenção era manter a chegada de Liza em sigilo, mas o colunista Beto Stodieck,
do jornal O Estado, descobriu e publicou uma nota. Com isso, a imprensa e curiosos
em geral compareceram em peso ao aeroporto para acompanhar o pouso do jatinho
e o desembarque da diva. Apesar do assédio, ela aproveitou bastante os seis dias
da visita. Hospedada com o namorado italiano num chalé no Cacupé, experimentou
todos os pratos típicos, foi às praias, curtiu o carnaval e adorou o Mercado Público.
Aquele ano, que começou em clima de paz e amor com a presença de Liza Minelli,
acabou tenso por conta de outro visitante ilustre: o presidente João Figueiredo, que
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