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Preparação da Rua
Felipe Schmidt para
se tornar calçadão
exclusivo de pedestres
da nova ponte. A Hercílio Luz havia sido erguida no local de maior proximidade entre
os dois lados e uma nova ponte teria que ser bem mais extensa.
Nesse período, chegava à reta final a construção de outro marco da expansão da ci-
dade, a Avenida Beira-Mar Norte, ligação expressa entre o centro e a Trindade. Inicia-
da em meados da década de 1960, a obra atravessou o mandato de quatro prefeitos
e também surgiu a partir de um aterramento, que eliminou a antiga Praia de Fora.
Enquanto surgiam os primeiros prédios na nova Avenida Beira-Mar Norte, progrediam
as obras do Aterro da Baía Sul e da nova ponte. O aterro afastou o mar em um qui-
lômetro – com isso, os barcos que tinham acesso direto ao Mercado Público foram
substituídos por caminhões que transportam os peixes. Outra perda para a memória
Início dos anos 70 de Florianópolis foi o soterramento da Ilha do Carvão, que, com o tamanho de um
na Praça Tancredo
Neves, ainda com o campo de futebol, servia de apoio para o abastecimento com carvão dos navios a
Miramar ao fundo vapor que frequentavam o porto local.
Trauma ainda maior foi a demolição do tradicio-
nal Miramar, em 1974. Havia uma forte campanha
para que a construção fosse mantida, ainda que
distante do mar, como testemunha de uma época.
Poderia ser, por exemplo, uma central de infor-
mações turísticas. Os governantes não voltaram
atrás, no entanto. Quase três décadas depois, a
inauguração de um monumento-tributo no exato
local em que ficava o Miramar evidenciou que a
demolição não era mesmo necessária, pois o espa-
ço continuava desocupado depois de tantos anos.
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