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Como o custo e o risco desses aportes eram elevados para o go-
verno, uma contrapartida exigida era a profissionalização da gestão
das cooperativas. Foi então que a autogestão definitivamente se fir-
mou – tornando-se, inclusive, pré-requisito obrigatório para registro
na OCESC. A organização lançou um programa oficial de autogestão,
a fim de orientar as cooperativas. Como a maioria delas já possuía uma
autogestão informal, que respeitava aspectos referentes à legislação e
à tributação, o processo de transição não foi traumático.
Mudanças ocorriam em diversos setores. Em dezembro de 1996,
um grande marco transformou o cooperativismo de eletrificação ru-
ral. A Lei nº 9.427 instituiu a Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel) e disciplinou os regimes de concessão. A regularização re-
conheceu as cooperativas como permissionárias do serviço público,
garantindo um amparo legal que até então não havia.
A criação do Sistema Nacional de Aprendizagem do Cooperati-
vismo (SESCOOP), em 1998, contribuiu fortemente para a missão de
organizar, administrar e executar o ensino de formação profissional, a
promoção social dos empregados de cooperativas, cooperados e seus
Reconhecido líder
familiares e o monitoramento das cooperativas em todo o território na-
cooperativista,
cional. A partir de então, as cooperativas passaram a receber em ser-
Aury Bodanese
assumiu a viços a contribuição que antes recolhiam ao governo em benefício das
presidência da instituições nacionais do chamado Sistema S.
OCESC em 1996

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