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da Arte Moderna. Eram 70 obras que sinte-
tizavam a produção brasileira de vanguarda
nas artes plásticas: Di Cavalcanti, Portina-
ri, Djanira, entre outros. Rebelo reforçou a
exposição com dois nomes locais, Martinho
de Haro e Eduardo Dias, que havia morrido
três anos antes.
Ao longo das duas semanas em que perma-
neceu na cidade, Rebelo falou aos gover-
nantes sobre a importância de abrir espaço
para as novas formas de arte. “Pintura não
deve ser imitação da natureza, mas sim in-
terpretação da natureza”, ele repetia. Deu
resultado: o governador Aderbal Ramos da
Silva assinou o decreto de criação do Museu
de Arte Moderna de Florianópolis e, para
viabilizar o acervo inicial, comprou seis dos Escolas de samba de Florianópolis surgiram a partir dos blocos de rua
quadros expostos. Outros artistas partici-
pantes da mostra doaram mais 11 obras.
Além do futebol, outra paixão nacional – o
Carnaval – crescia ano após ano na cidade.
Florianópolis cultivava a tradição dos blocos,
que começaram dentro dos clubes e depois
ganharam as ruas. A prática evoluiu para o
surgimento da primeira escola de samba da
cidade, a Protegidos da Princesa, criada em
1948 por um grupo de amigos, na Rua Major
Costa, e hoje radicada no Morro do Mocotó.
Em 1955, a Embaixada Copa Lord foi funda-
da na região do Morro da Caixa, tornando-
-se a grande concorrente da Protegidos nos
desfiles. Juntas, as duas agremiações têm
45 títulos, em 66 edições disputadas.
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