Page 116 - ebook_LIVRO_FLORIANOPOLIS_350ANOS
P. 116

Uma heroína brasileira
                            Uma heroína brasi
                            Uma heroína brasileira
                                                                                       leira














































                      Em março de 1952, a notícia da morte da professora Antonieta de Barros, aos 51 anos,
                      comoveu a cidade. Nascida em família humilde, ela se tornou conhecida como educadora
                      antes de se eleger, em 1935, deputada para a Assembleia Constituinte de Santa Catarina,
                      a primeira mulher negra a alcançar tal posto no país. Formada pela Escola Normal (atual
                      Museu da Escola Catarinense; fotos ao lado), foi professora de Língua Portuguesa da mes-
                      ma instituição – que ela dirigiria entre 1944 e 1950, já rebatizada de Instituto Estadual
                      de Educação. Preocupada com as classes menos favorecidas, abriu uma escola voltada à
                      oferta de estudo noturno para jovens que precisavam trabalhar durante o dia. “Só a instru-
                      ção consciente rouba as criaturas ao servilismo aviltante e procura alçá-las às cumeadas,
                      onde o ar é puro e donde se descortinam todos os panoramas maravilhosos”, escreveu ela
                      numa das últimas crônicas que assinava aos domingos no jornal O Estado. No início de
                      2023, um dos primeiros atos do recém-empossado presidente Lula foi assinar o decreto
                      que incluiu o nome de Antonieta de Barros no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria.





     112
   111   112   113   114   115   116   117   118   119   120   121