Page 91 - Livro Cooperja 50 anos
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Consolidação






                     O pioneirismo no cultivo de maracujá cou-       que visitar as demais cooperativas de arroz
                     be a Antônio Moacir Casagrande, que acu-        em Santa Catarina, como a Coopersulca, a
                     mulava o trabalho de produtor rural com         Copagro e a Cooperjuriti. E assim foi feito.

                     a atividade de caminhoneiro. Em uma de          Essa aproximação com as coirmãs traria im-
                     suas viagens, ele trouxe a ideia de plantar     portantes frutos de cooperação.
                     maracujá. Obteve boa adaptação para a

                     cultura, o que chamou a atenção de outros       O ano de 1995 ficaria marcado, também,
                     produtores. A Cooperja percebeu o potencial     pela primeira viagem de um presidente da

                     e incentivou o cultivo da fruta, prestando      cooperativa ao exterior. Em outubro, Vanir
                     assistência técnica para o tratamento de        embarcou para a Europa, como integrante de
                     doenças e assumindo a comercialização,          uma comitiva de dirigentes cooperativistas

                     destinada especialmente às cidades de São       do estado de Santa Catarina, com o propósito
                     Paulo e do Rio de Janeiro.                      de trazer conhecimentos e ideias que pudes-
                                                                     sem ser aplicadas no dia a dia da Cooperja.

                     Outra diretriz colocada em prática na gestão
                     de Vanir Zanatta foi conhecer de perto as       Preocupada com o futuro das cooperativas
                     experiências de outras cooperativas. Se a       de arroz em Santa Catarina – várias delas

                     ideia era buscar inspiração, nada melhor do     passavam por dificuldades financeiras depois
                                                                     do Plano Real, em 1994 –, a Ocesc lançou a

                                                                     proposta de uma possível união que possi-
                                                                     bilitasse a criação de uma única estrutura
                                                                     administrativa e comercial. A ideia era ga-

                                                                     nhar escala para reduzir custos e aumentar
                                                                     a produtividade.



                                                                     Um obstáculo encontrado era que a ade-
                                                                     são só poderia ser feita se as cooperativas
                                                                     envolvidas extinguissem todas as demais

                                                                     atividades além do arroz. A proposta foi,
                                                                     especialmente por conta desse aspecto, recu-

                                                                     sada pela maioria dos associados da Cooperja
                                                                     em Assembleia Geral. Com o passar dos anos
                                                                     ocorreria, de fato, um processo de seleção

                                                                     natural entre as cooperativas catarinenses
                                                                     de arroz. Das 11 entidades daquela época,
                                                                     restaram apenas cinco.




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