Page 164 - A Herança Alemã de Santa Catarina
P. 164
renAUx
Carlos Renaux (ao centro, sentado), ao lado de colaboradores Casa da família Renaux
Já Brusque não tinha o mesmo apelo. Sua colonização havia
começado em 1860, com 55 famílias lideradas pelo barão
austríaco Maxmilian von Schneeburg, que, oriundo de família
nobre, aceitou convite do imperador brasileiro Dom Pedro I
para participar da colonização da província de Santa Catarina.
Se o desenvolvimento da região dependesse exclusivamente
da agricultura, a atividade econômica imaginada para dar o
impulso inicial à colônia, o futuro de Brusque estaria seria-
mente ameaçado, tamanhas as adversidades enfrentadas pelos
pioneiros. Doenças tropicais, isolamento, relevo acidentado e
terras impróprias eram fatores que tornavam bem mais com-
plexo o desafio enfrentado pelos colonos. Além disso, o acesso
ao núcleo e a integração com outros centros habitacionais
Palacete de Carlos
Renaux em Brusque não era nada fácil, pois o rio Itajaí-Mirim permitia apenas a
– hoje Praça Barão navegação de pequenos barcos. Diante de tantas dificuldades,
de Schneeburg muitos dos que chegavam logo passavam a planejar uma nova
mudança, em busca de um lugar que proporcionasse melhores
condições de vida.
Era preciso encontrar outros caminhos para assegurar o sustento
das famílias e o crescimento econômico da colônia. Por isso,
a loja que Carlos Renaux passou a gerenciar quando chegou
ali, em 1882, representava um alento para os que apostavam
no futuro de Brusque. Trava-se de um empreendimento surgido
na próspera Blumenau, a 30 km de distância, e que abria uma
Otto Renaux filial em Brusque.
160