Page 14 - A Herança Alemã de Santa Catarina
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A HerAnçA Alemã e O
empreendedOriSmO
A chegada dos colonos alemães ao território brasileiro foi marcada por imensos
desafios. Da natureza exuberante e inóspita ao clima muito diferente do europeu,
os colonos enfrentaram as dificuldades com muito trabalho. Construir um futuro de
desenvolvimento e prosperidade para essa região era o objetivo do governo brasileiro.
A meta dos colonos que aqui chegaram cheios de esperança era oferecer uma vida
melhor para seus descendentes. Para isso, não mediram esforços.
A necessidade de construir uma comunidade forte e sustentável levou muitos colonos
a ampliar sua atuação com o passar dos anos. O desmatamento e as plantações já não
eram suficientes para garantir o desenvolvimento das colônias. Assim, as primeiras
iniciativas na indústria surgiram.
Embora os próprios imigrantes e o governo brasileiro tenham contribuído financeira-
mente para a formação inicial de um incipiente parque fabril nas regiões colonizadas
por alemães em Santa Catarina antes da década de 1960, a indústria catarinense
ganhou novo impulso com a criação do Banco Regional de Desenvolvimento do
Extremo Sul (BRDE), em 1961.
O acesso ao crédito para projetos de investimento contribuiu para a evolução do em-
preendedorismo dos imigrantes alemães e seus descendentes. O BRDE foi de extrema
importância para projetos de expansão de empresas como a WEG e a Wetzel. Após o
Plano Real, o banco já financiou cerca de R$ 220 milhões para as empresas citadas
nesta obra, como Altenburg, Buddemeyer, Ciser, Fischer, Tuper e Tupy.
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