Page 92 - ebook_LIVRO_FLORIANOPOLIS_350ANOS
P. 92
O remo começou o chácara da Família Pamplona, à Rua Esteves Júnior, o colégio atraiu 176 matrículas
século 20 como o logo de imediato, incluindo estudantes vindos de outros estados. Até então, a elite
esporte mais popular
da capital catarinense da cidade mandava seus filhos para o Colégio Dom Pedro II, do Rio de Janeiro, ou o
Nossa Senhora da Conceição, mantido pelos jesuítas em São Leopoldo (RS).
Uma boa opção de ensino público seria a Escola de Aprendizes Artífices, fundada em
1910, iniciativa do governo federal para oferecer à juventude um aprendizado mais
prático e preparatório para o trabalho. O estabelecimento daria origem ao atual Insti-
tuto Federal de Santa Catarina (IFSC). Nessa mesma época, o professor paulista Orestes
Guimarães, inspetor-geral contratado pelo governo do estado, colocou em prática uma
grande reforma no ensino público catarinense. A ideia central era valorizar o método
intuitivo, com aprendizado baseado na observação e em experimentos práticos, e não
mais na pura memorização praticada até então.
Foram criados os Grupos Escolares, em que os alunos eram agrupados pela idade, em
substituição à prática de ter estudantes de diferentes idades numa mesma turma.
Dois dos sete primeiros Grupos Escolares catarinenses estavam em Florianópolis: o
Lauro Müller, inaugurado em 1912, e o Silveira de Souza, no ano seguinte, ambos
instalados em prédios especialmente construídos para a finalidade.
Com o início da Primeira Guerra Mundial, em 1914, reduziu-se drasticamente a cir-
culação de produtos entre os continentes. O Brasil sofreria forte impacto econô-
mico, pois sua principal fonte de renda era a exportação de café – o país detinha
80% do mercado global. Era uma preocupação também para Florianópolis, pois o
café havia se estabelecido nas décadas anteriores como o principal produto da in-
dústria agrícola da Ilha.
88