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A elegante ponte
passou a fazer parte do
cenário de Florianópolis
e tornou-se o maior
símbolo da cidade
inaugurado em 1925, recebeu os restos mortais que puderam ser identificados durante
a desativação do antigo cemitério, área hoje ocupada pelo Parque da Luz.
A ponte ficou pronta em janeiro de 1926. Para inaugurá-la, faltava apenas concluir as vias
de acesso de ambos os lados. A proximidade da inauguração trouxe um clima de euforia
O governador Hercílio
Luz foi homenageado à cidade. Todos só falavam disso. “Antes ou durante as festas de inauguração da ponte,
com o nome da ponte procure ver os artigos em stock na Alfaiataria Cardoso, à Praça XV de Novembro”, dizia
que idealizou um dos anúncios publicados nos jornais nas vésperas do histórico 13 de maio de 1926.
A data foi escolhida como uma homenagem à ACIF, que naquele dia completava
11 anos de existência e era presidida pelo futuro prefeito Heitor Blum, filho do pri-
meiro presidente da instituição, Emílio Blum. Mesmo com a chuva e o frio, boa parte
dos 40 mil moradores compareceram ao evento, ansiosos pela oportunidade de atra-
vessar a ponte pela primeira vez. Todos queriam aproveitar a isenção do pedágio, que
começaria a ser cobrado apenas no dia seguinte. A prática, planejada para amortizar
parte dos gastos com a construção da ponte, permaneceria por uma década.
O surgimento da ponte não extinguiu de imediato o transporte marítimo. Ao contrário,
suscitou o interesse dos governantes em aprimorá-lo. O antiquado trapiche municipal,
ponto de embarque e desembarque no centro da cidade, seria substituído pela cons-
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