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As décAdAs de consolIdAção 31
como cooperativa central, a aurora agrega as chamadas cooperativas
“singulares”, prestadoras de serviços diretamente aos seus associados,
a exemplo da a1. o objetivo de uma cooperativa central é organizar os
serviços das filiadas, ganhar escala e desenvolver de forma unificada pro-
gramas e projetos de interesse comum das associadas.
com o tempo, outras cooperativas foram ingressando na sociedade
que compõe a aurora alimentos, da qual a cooper a1 detém 16,68% do
capital social e participa ativamente da gestão, com cadeira no conselho
de administração. Trata-se do terceiro maior conglomerado agroindus-
trial do Brasil e referência mundial em tecnologia de processamento
de carnes, com produção anual de 4,5 milhões de cabeças de suínos,
247 milhões de frangos e 451 milhões de litros de leite industrializa-
dos. São 12 cooperativas filiadas, 70 mil associados e 28 mil funcioná-
rios diretos, além dos 9 mil profissionais das cooperativas filiadas. em
2017, o faturamento da aurora chegou a r$ 8,5 bilhões, com sobras de
r$ 295 milhões.
além do orgulho pelo papel exercido na criação e no crescimento de uma
organização que se tornou referência mundial em tecnologia e processa-
mento de carnes e leite, a participação societária da cooper a1 na aurora
representa uma grande segurança financeira para a cooperativa.
o surgimento e o desenvolvimento da aurora consolidaram a agropecuária
de toda a região, agregando valor ao trabalho dos cooperados e aperfei-
çoando o suporte dado em aspectos técnicos, mercadológicos e sociais.
Toda a produção de leite, aves e suínos dos cooperados da a1 e das demais
cooperativas associadas é enviada à aurora, que processa e industrializa a
produção em suas fábricas. o portfólio de produtos que levam a marca da
aurora é amplo e abastece tanto o mercado interno quando o externo – as
exportações chegam a mais de 60 países.
a aurora não nasceu grande, contudo. o crescimento deu-se aos poucos,
ano a ano – e o começo foi dificultado pelo perfil centralizador do governo
militar. Havia a visão de que o cooperativismo seria uma forma de impul-
sionar a agricultura e, em consequência, o desenvolvimento econômico
do país, mas essa convicção fez o governo assumir o papel de tutelar o
movimento, mantendo sua regulamentação sob controle rígido. essa falta
de autonomia prejudicou o cooperativismo, pois, sob as rédeas do gover-
no, o movimento não conseguia assumir o papel de protagonismo para o