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Artigo
CERAÇÁ, UMA HISTÓRIA DE COMPROMISSO E
PROGRESSO DO COOPERATIVISMO
POR José Samuel Thiesen
Presidente da Ceraçá
uando olhamos para trás A comparação que faço é a de um
e refletimos sobre a tra- corpo humano: se um órgão não
jetória da Cooperativa funciona bem, todo o corpo sofre.
Ceraçá, é impossível Da mesma forma, se a infraestru-
não sentir um orgu- tura não for adequadamente de-
lho imenso do cami- senvolvida, todo o sistema produ-
Q nho percorrido. Tive o tivo acaba comprometido.
privilégio de ser parte dessa história
desde o seu início, quando, em 1975, É por isso que continuamos reivindi-
com muita coragem e visão, iniciamos cando e apoiando o trabalho do gover-
a jornada de fundação e administração no no que diz respeito à melhoria das
da cooperativa. Em 2025, ao comemo- rodovias, como a SC-160, e a BR-282,
rarmos seu cinquentenário, o que mais que sempre foram gargalos para nos-
nos enche de satisfação não é apenas a das maiores feiras do agronegócio no sa região. Embora tenhamos avançado
longevidade da Ceraçá, mas o impacto país. Participar e fornecer energia elé- muito, ainda há desafios a serem supe-
profundo que tivemos na vida dos agri- trica a esse evento, ano após ano, nos rados. O atual governo tem demons-
cultores, dos sócios e de toda a comu- permite reafirmar nosso compromisso trado uma atenção maior às nossas
nidade do oeste catarinense. com o setor agropecuário e com o de- necessidades, e esperamos que isso se
senvolvimento do oeste de Santa Cata- concretize em ações efetivas para o nos-
A Ceraçá nasceu em um cenário de- rina. Nós, juntamente com outras coo- so desenvolvimento. Afinal, o progresso
safiador. Quando começamos, não perativas agropecuárias e de crédito, de Santa Catarina passa pelo fortaleci-
havia energia elétrica rural na região fazemos parte do sistema cooperativista mento do cooperativismo, e é com essa
e, como muitos sabem, a infraestrutura essencial para a vida no campo. visão que seguimos trabalhando.
era precária. Em 1970, a eletrificação
rural era apenas um sonho distante. O oeste de Santa Catarina, que con- Além da infraestrutura, a comunicação
No entanto, com esforço e dedica- tinua sendo uma região negligencia- também desempenha papel fundamen-
ção, conseguimos levar energia para da, vive hoje um momento de grande tal. Um cooperado bem informado é
os campos, o que se tornou um marco transformação. Nossa região se desta- um cooperado fortalecido. E, por isso,
na história do desenvolvimento rural ca como principal motor econômico a comunicação tem sido uma das nos-
da região. A eletrificação rural, um dos catarinense. Somos responsáveis pela sas principais aliadas. A criação de um
pilares da nossa cooperativa, foi ape- produção, pela alimentação e pela ex- veículo como a Revista Cooperativa é
nas o início de uma longa trajetória portação, sendo a espinha dorsal do um passo importante para trazer visibi-
de crescimento, inovação e, acima de agronegócio do estado. Entretanto, é lidade e dar voz ao setor cooperativista.
tudo, serviço à nossa comunidade. A fundamental que essa produção tenha O agricultor precisa ser reconhecido,
energia elétrica é fundamental para o suporte. O desenvolvimento do agro- lembrado e, mais do que isso, orienta-
progresso da nossa região. negócio está intimamente ligado à in- do para seguir se aprimorando. Nosso
fraestrutura de qualidade. Não adianta sucesso depende da união de todos
Ao longo desses anos, sempre foi nos- sermos os melhores produtores, termos que acreditaram e continuam acre-
so dever não apenas participar, mas indústrias de ponta ou o transporte ditando na força do cooperativismo.
também ser protagonistas em eventos adequado se as estradas e a logística Juntos, vamos continuar crescendo e
como o Itaipu Rural Show, que é uma não acompanham esse crescimento. fazendo a diferença.
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