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Entrevista
Qual será sua estratégia para fortalecer
a representatividade da OCESC?
Existem alguns pontos fundamentais que precisamos destacar
quando falamos em aprimorar nosso trabalho. Para mim, e
também para o presidente Vanir, a palavra-chave aqui é re-
lacionamento. O relacionamento é estratégico. Ele significa
estar presente, dialogar, estreitar laços e criar conexões sólidas.
E, inevitavelmente, passa por uma estratégia de comunica-
Foto: Júlia Caroba tividade da nossa comunicação. Primeiramente, estamos nos
ção eficiente. Estamos refletindo internamente sobre a asser-
comunicando da forma correta com nosso público principal –
as cooperativas associadas à OCESC? E, em segundo lugar,
estamos conseguindo levar a mensagem do cooperativismo
para a sociedade em geral, especialmente para aqueles que
ainda não fazem parte do sistema cooperativo?
Afinal, acreditamos que o cooperativismo é um modelo de
negócios e convivência extremamente eficiente – e quanto
mais pessoas aderirem a ele, melhor. Essa estratégia de
fortalecimento passa, acima de tudo, pelo relacionamen-
to próximo e ativo. Significa estar presente, visitar, criar
proximidade. Ser aquela presença constante que bate na
porta, que se coloca à disposição.
Nosso objetivo não é apenas reagir às demandas que
chegam até nós, mas antecipá-las. Sair do escritório, ir a
campo, buscar o diálogo e fortalecer as conexões antes
mesmo que os desafios se tornem obstáculos. Queremos
consolidar relacionamento e confiança entre todas as
partes: cooperativas, Parlamento, Judiciário, entidades
Nossa estratégia é parceiras e sociedade. Quanto mais proximidade tivermos,
mais sólidas serão essas relações. E com essa base bem
clara: sermos proativos estabelecida, conseguimos avançar e construir soluções
reais para fortalecer o cooperativismo.
e presentes para Como enxerga o futuro da
fortalecer vínculos e representatividade da OCESC?
garantir o crescimento Se analisarmos os indicadores, fizermos uma retrospectiva
dos últimos 10 anos – e não é necessário ir muito além
disso, apenas uma década – e tomarmos como referência o
sólido e impactante Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), fica evidente a
diferença para os dias atuais. Se focarmos apenas em Santa
do cooperativismo.” Catarina, sem extrapolar para o Brasil, vemos claramente
o impacto positivo do cooperativismo.
Ao compararmos regiões ou municípios que possuem coo-
perativas com aqueles que não têm, a diferença no desen-
volvimento humano é absurda. E essa diferença não se
dá apenas pela questão comercial ou pelos negócios das
cooperativas, mas pela preocupação social que elas de-
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