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PRESIDENTES  PRESIDENTES








 EDUCAÇÃO E


 FILANTROPIA:                                 TRANSFORMAÇÃO


 MOVIDO PELO DESEJO DE                        SOCIAL E COMUNITÁRIA

 AJUDAR AO PRÓXIMO






 José Agamenon   Paulo Lopes Duarte,
 Magalhães Silva –    Familiares contam que ele era, essencialmente, um   Presidente JCI Brasil (1984)  Foi na Câmara Júnior que Paulo verdadeiramente
 in memoriam, Presidente (1983)  professor e tinha na educação seu maior trunfo.  Novo Hamburgo (RS)  se destacou e construiu um legado de liderança.
 Arapiraca (AL)
 época, atuava em Arapiraca e chegou a levar para a
 cidade o presidente internacional da JCI, que passou
 alguns dias na cidade alagoana. De acordo com a
 família, José Agamenon orgulhava-se do Monumento
 osé Agamenon Magalhães Silva falava da JCI   Júnior, um monumento com cerca de 10 metros de   aulo Lopes Duarte nasceu em Hamburgo Velho,   Dois anos depois, em 1980, Paulo assumiu a pre-
 com grande entusiasmo. Costumava relatar como   altura, colocado pela Câmara Júnior na entrada da   distrito histórico de Novo Hamburgo. Sua trajetó-  sidência estadual da Câmara Júnior, expandin-
 J a sociedade poderia ser melhor por meio dos   cidade. José Agamenon falava sobre como ficou   P ria foi marcada por uma dedicação ao trabalho, à   do sua influência e consolidando sua visão de
 líderes da JCI e de que modo a instituição diminuía   feliz em ter sido presidente nacional e em ter aju-  família e ao fortalecimento da comunidade onde vivia.  liderança colaborativa.
 as desigualdades sociais. Apesar de ele ter uma ca-  dado centenas de pessoas por todos os estados por
 racterística filantrópica acentuada desde criança, foi a   onde passou.  Profissionalmente, Paulo encontrou sua vocação como   Em 1984, seu nome ecoou em Sobral, no Ceará, durante
 JCI que fez com que a vontade de se doar ao próximo   modelista de calçados. Trabalhou em agências de   a convenção nacional da Câmara Júnior, onde foi eleito
 fosse verdadeiramente levada à pratica.  Familiares contam que ele era, essencialmente, um   exportação, o que ampliou sua visão sobre o mundo   presidente nacional da entidade. Esse marco foi o ápice
 professor e tinha na educação seu maior trunfo. Sem-  e sobre os desafios do setor calçadista. Posteriormen-  de uma jornada de dedicação à causa de formar líderes
 Foi funcionário do Banco do Brasil e presidente   pre mencionava que a educação transforma vidas e   te, integrou-se à então renomada Calçados Erno, de   e cidadãos comprometidos com a transformação social.
 da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) em   comunidades. Nesse sentido, convidava todos ao redor   Estância Velha, onde deixou sua marca de dedicação   Como presidente nacional, trouxe à organização uma
 Arapiraca (AL). Enveredou pelo comércio, especial-  a participar da JCI: políticos, empresários, profissionais   e profissionalismo.  visão inovadora, enfatizando a importância do desen-
 mente pelo ramo de padaria. Atuou como professor   liberais, líderes representativos de vários setores – ou   volvimento humano e comunitário.
 e diretor-fundador de um colégio em Maceió (AL).   seja: aqueles que pudessem servir à sociedade de   No entanto, foi na Câmara Júnior que Paulo verda-
 Também escreveu, como articulista, para vários   alguma forma eram chamados à atividade.  deiramente se destacou e construiu um legado de   Paulo Lopes Duarte deixou um legado que trans-
 jornais do Brasil, em especial para o Jornal do   liderança e inspiração. Ele ingressou na organização   cende suas realizações profissionais e institucio-
 Commercio, de Pernambuco.  “Meu pai, depois da Câmara Júnior, tornou-se uma   com o espírito de servir e, rapidamente, sua habilidade   nais. Ele será sempre lembrado como um homem
 pessoa melhor, mais feliz, porque tinha encontrado   em motivar pessoas e promover mudanças positivas   de espírito generoso, visão ampla e uma crença
 Ele frequentemente expunha sobre como a JCI o   uma instituição que canalizava, de maneira confiá-  o levou a ocupar cargos de relevância. Em 1978, foi   inabalável no poder da juventude como motor
 fez ter mais fé na vida porque, como ele mesmo   vel e dinâmica, sua aptidão para o humanitarismo.   eleito presidente da Câmara Júnior de Novo Hamburgo.  de mudanças.
 dizia, “quem acredita no homem, na relação cordial   Suas narrativas sobre a JCI se voltavam para os
 entre as pessoas, acredita também, por tabela, numa   feitos de cada atuação bem-sucedida. Orgulhava-
 força poderosa celestial, que pode ser chamada de   -se dos membros da instituição porque todos se
 Deus, independentemente da religião da qual a   doavam à filosofia da JCI como um bem indispen-
 pessoa faz parte”.   sável à própria felicidade. Enfim, meu pai, tal qual
 um líder de espírito filantropo, sentia-se realizado
 Como presidente nacional, mantinha, regularmen-  graças a essa instituição”, relata o filho Agamenon
 te, contato com membros de outros países. Nessa   Magalhães Junior.



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