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PRESIDENTES  PRESIDENTES










                                              JCI: UM TERRENO
 LIDERANÇA ATIVA                              FÉRTIL PARA O


 E MARCANTE
                                              EMPREENDEDORISMO







 João Alberto Xavier   Yassuo Imai –
 da Cruz – in memoriam,   Foi um exemplo de como paixão, liderança e   in memoriam,   Imai enfatizava que a JCI alterou sua perspectiva
 Presidente JCI Brasil (1974)  altruísmo podem fazer a diferença no mundo.  Presidente JCI Brasil (1976 e 1977)  de vida, moldando-o como profissional.
 Carazinho (RS)  São Paulo (SP)







 oão Alberto Xavier da Cruz nasceu em 7 de janeiro   Sua energia era contagiante. Ele não apenas recruta-  assuo Imai, casado com Guillermina S. Imai,   ensinando-a a abrir caminhos e buscar soluções
 de 1935, na localidade de Igrejinha, então um   va novos membros, mas também liderava iniciativas   faleceu aos 67 anos, deixando um legado fa-  inovadoras”, afirmou.
 J distrito do município de Carazinho (RS). Filho de   para fundar outros capítulos da JCI em municípios   Y miliar e profissional de inspiração e liderança.
 Dinarte e Celerina Xavier da Cruz, era o quinto de   como Caxias do Sul, Palmeira das Missões e Santa   Sua trajetória na JCI é vista como uma história de   Imai dizia que na JCI aprendeu a falar, discursar e
 uma família numerosa e desde cedo demonstrou com-  Bárbara do Sul. Durante sua presidência na CAJU-  transformação pessoal e impacto coletivo, que serve   rodou quilômetros em ônibus, barcos, motocicleta
 promisso e responsabilidade, ajudando nos serviços   CAR (1969-1970), João Alberto promoveu eventos   como exemplo para gerações futuras.  e lombo de burro. Aprendeu a valorizar a família, o
 familiares em sua terra natal. Com o passar dos anos,   marcantes, como o Festival do Chopp, cujo sucesso   trabalho e a própria Câmara Júnior. Sua experiência
 João Alberto deixou Igrejinha para estudar e trabalhar   financeiro possibilitou investimentos significativos na   Imai ingressou na JCI aos 24 anos, em 1962, e per-  na JCI foi rica e multifacetada. Ao refletir sobre sua
 em Carazinho, que havia se emancipado em 1931.  comunidade. Entre suas realizações, destacam-se a   maneceu ativamente envolvido até os 40 anos, em   jornada, Imai enfatizava que a JCI alterou completa-
 reconstrução da sede dos Escoteiros, a contribuição   1978. Durante esses 16 anos, teve passagens de   mente sua perspectiva de vida, moldando-o em um
 Durante o dia, atuava no escritório de contabilidade   para o Ginásio Municipal e o apoio à construção de   destaque: foi presidente da JCI São Paulo em 1965,   profissional e cidadão mais completo.
 Carazinho Bureau, e à noite frequentava o Colégio   um bloco cirúrgico no Hospital de Carazinho.  presidente nacional da JCI Brasil entre 1975 e 1976,
 La Salle, onde concluiu o ensino médio e se desta-  e vice-presidente da JCI em 1977. Em reconhecimento    Ele acreditava firmemente que a organização poderia
 cou no Curso Técnico Contábil, então equivalente a   No âmbito da JCI, João Alberto alcançou posições de   às suas contribuições, foi homenageado com o título   continuar evoluindo ao ouvir as expectativas de seus
 uma formação em Ciências Contábeis. Formou-se   destaque. Foi vice-presidente da 5ª Região, presidente   de Senador da JCI, em 1977.  membros, aspirantes e comunidades. Propôs, inclusive,
 com louvor, revelando desde cedo a vocação para a   da Câmara Júnior do Brasil em 1974 e vice-presidente   que a JCI desenvolvesse mecanismos de consulta periódi-
 liderança. Essa habilidade natural o levou a fundar e   mundial da JCI. As viagens internacionais que realizou   Ainda em vida, durante uma entrevista que concedeu   ca para alinhar suas ações às demandas reais, reforçando
 presidir a União Carazinhense de Estudantes (UCE),   pela JCI, especialmente ao Paraguai e outros países,   ao passado presidente, Gilberto Luiz Cherubin, Imai   seu papel como uma organização moderna e relevante.
 sendo admirado por sua dedicação e visão.  foram marcadas por relatos ricos de aprendizado e   defendeu que a JCI não era apenas uma organização,
 experiências compartilhadas. Trazia presentes e histó-  mas um terreno fértil para o empreendedorismo e o   Hoje, a memória de Yassuo Imai é celebrada por aque-
 Na década de 1960, já consolidado como contabilista,   rias que inspiravam sua família e amigos, mostrando   desenvolvimento de lideranças. Ele acreditava que   les que tiveram o privilégio de conhecê-lo e aprender
 professor, vereador e radialista, João Alberto conheceu   que as lições da JCI transcendiam fronteiras.  aceitar desafios e disputar posições de liderança   com sua sabedoria. Ele permanece um exemplo de
 a Câmara Júnior Internacional (JCI). Encantado com   eram formas de praticar o empreendedorismo. “A   dedicação, coragem e liderança, lembrado como um
 seus princípios, ingressou em 1960 no grupo de 41   Além de sua atuação na JCI, João Alberto conciliava   simples decisão de seguir caminhos não trilhados   homem que viveu para servir e deixou uma marca na
 fundadores da Câmara Júnior de Carazinho (CAJU-  trabalho, política e voluntariado. João Alberto faleceu   transforma uma pessoa de reativa para proativa,   história da JCI e na vida de muitas pessoas.
 CAR), a primeira do Rio Grande do Sul. Adotando o   deixando saudades, mas sua trajetória permanece viva.
 Credo Júnior com entusiasmo, tornou-se um dos mais   Sua vida foi um exemplo de como paixão, liderança e
 ativos membros da organização.  altruísmo podem fazer a diferença no mundo.



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