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Essas paradas se repetiram algumas vezes. O ritual de beber o A proposta de reestruturação passou com facilidade e a
Néctar também se repetia. A coragem aumentava proporcio- JCI ganhou essa história da camisa, que é lembrada de
nalmente. Chegando ao topo da montanha, pude perceber tempos em tempos. O curioso foi que, depois de alguns
a beleza que me reservava, com uma linda e marcante vista instantes do fato ocorrido, recebi um punhado de botões
noturna da cidade de Bogotá. Para resumir a história, no das mãos do amigo Claudio Itikawa, que os juntou no chão
retorno do passeio, era eu quem batia no cavalo para acele- do auditório.
rá-lo. Sentia-me muito corajoso gineteando, e até agradeci
ao proprietário por um cavalo tão rápido.” Foi então que percebi que minha camisa não tinha rasga-
do, e sim, tinha saltado todos os botões. A famosa camisa
A CAMISA RASGADA verde, ainda faz parte de meu guarda-roupa e, embora não
a utilize mais, não consigo me desfazer dela, pois repre-
Outra história que marca a minha vida na entidade é a Assem- senta para mim um símbolo de determinação, coragem e
bleia Geral Ordinária da JCI Brasil, em 2003, durante a Conven- ousadia de uma época que marcou profundamente minha
ção Nacional em Joaçaba (SC), quando eu era 48º Presidente vida de JCI.
Nacional e estava uma moção para encerrar as atividades das
Câmaras Júnior estaduais. Os argumentos eram diversos e ricos
de ambos os lados, mas o que chegou a mim em forma, talvez,
de provocação, era que eu seria o responsável por acabar com
a JCI no Brasil se as Organizações Estaduais fossem encerradas. UM ACIDENTE NO CAMINHO
Tive direito ao uso da palavra na tribuna perante cerca de “Durante minha gestão como PPN, fui convidado pelo gran-
150 pessoas entre Presidentes Locais, Junta Diretiva Nacional, de capítulo Rio do Sul para participação em um evento de
autoridades e juniores. Foi aí que eu falei das angústias em posse de novos companheiro na sede do capítulo, que seria
conduzir esse processo, das dúvidas apresentadas, das certe- realizada em um dia da semana (não lembro a data), às 20h.
zas que tínhamos na proposta de reestruturação eliminando Durante meu deslocamento de Curitiba para Rio do Sul,
muitos cargos a fim de diminuir os custos para os membros, da com meu famoso Maverik 6c. amarelo, sofri um acidente na
vontade de otimizar a administração, entre outros detalhes. estrada logo após Joinville.
Rui Vieira Dib
Em determinado momento de minha apresentação, veio à Presidente JCI O carro caiu em um desnível fora da pista, era em torno de
Brasil 1978
mente perguntar qual o valor que cada um dos membros lá e presidente 18h30. Graças a Deus, não aconteceu nada de grave comigo.
presentes investia diariamente para desempenhar seu cargo Senado JCI Com a ajuda de caminhoneiros que passavam no local, con-
adequadamente na JCI. Brasil 1979 seguimos colocar o carro novamente na pista, isso já era por
volta de 20h, o horário de início da reunião. Avisei os compa-
Os valores citados foram diversos, mas eu comparei com o nheiros (Arno Nardeli) do ocorrido e informei que já estava
valor de uma camisa e peguei a camisa que estava usando. a caminho de Rio do Sul.
Puxei-a fortemente para os lados e rasguei-a. Usei este gesto
para mostrar que cada um de nós rasgava uma camisa por Cheguei no local da reunião às 22h40 e, para minha grande
dia para servir à JCI e que, enquanto tivéssemos membros surpresa, todos os JCIs de Rio do Sul ainda estavam me aguar-
dispostos a isso, a JCI Brasil nunca iria acabar. dando para prestarem sua solidariedade e amizade. Tenho
imensa gratidão e consideração com este grande Clube JCI/Rio
Foi algo realmente impactante e comovente. do Sul e todos os seus membros antigos e atuais.”
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