Page 72 - Livro Cooperja 50 anos
P. 72
COOPERJA 50 ANOS
Ministério da Agricultura passou
a exercer um importante papel
O de impulso à indústria do arroz,
principalmente pelo desenvolvimento do
Programa de Aproveitamento Racional das
Várzeas Irrigáveis (Provárzeas), coordenado
pela Empresa Brasileira de Assistência Téc-
nica e Extensão Rural (Embrater). Tratava-se
de viabilizar o aproveitamento de áreas
baixas e alagadiças, até então subutilizadas
para o cultivo de lavouras.
O programa representaria uma revolução
na cadeia de produção de arroz, pois levou
à ampliação da produtividade e ao aumen-
to da qualidade. Muitos agricultores ainda
utilizavam o sistema de matadeiras, em que
erguiam taipas feitas à mão para inundar a
área a ser ocupada com o cultivo de arroz.
O projeto chegou a Santa Catarina em 1982.
Por meio dele, o engenheiro agrônomo Ernst
Lamster, de nacionalidade alemã, funcionário
da GTZ, agência governamental daquele país
voltada à cooperação internacional, desta-
cou-se por prestar relevantes serviços ao
estado. Coube a Lamster, entre várias outras especializado na sistematização de várzeas
iniciativas, organizar cursos de profissionali- para a produção de arroz irrigado. A primeira
zação de agricultores, realizados nos centros lavoura cultivada no novo sistema em Jacinto
de treinamento da Acaresc. Machado, por meio do programa, foi a do as-
sociado da Cooperja Moacir Cibien Possamai.
Um fato especialmente relevante para a re-
gião sul de Santa Catarina, que também con- Havia a possibilidade de um convênio em
tou com o envolvimento direto do engenheiro que a Acaresc cedia um engenheiro agrô-
agrônomo alemão, foi a implantação do Cen- nomo às cooperativas com o compromisso
tro de Treinamento de Araranguá (Cetrar), de pagar o salário integral no primeiro ano,
68