Page 58 - Livro Cooperja 50 anos
P. 58
COOPERJA 50 ANOS
o dia da sonhada inauguração do pavilhão, Para ter uma noção da importância desse
celebrada com um grande churrasco para trabalho, basta relatar as dificuldades das
associados, trabalhadores e autoridades. O comunicações à época. Não havia telefone
número de cooperados já havia saltado dos em Jacinto Machado, por exemplo. O aparelho
117 fundadores para 190 membros. mais próximo estava a 50 km de distância –
no hotel Farol, em Torres (RS). Era necessário
Viabilizar a promessa de comercializar o se deslocar até essa cidade e aguardar na
produto da forma mais vantajosa possível fila, perdendo-se o dia para fazer uma liga-
exigia distanciamento dos compradores ção. Só depois de alguns anos a cooperativa
locais, uma relação já viciada e baseada na conseguiria comprar um telefone.
exploração dos agricultores. O único cami-
nho possível seria buscar novos mercados Para criar um canal de informação aos as-
para o arroz produzido em Jacinto Machado. sociados e à comunidade, a cooperativa
Com esse objetivo, os caminhoneiros Olavo passou a encartar um informativo no jornal
Possamai Della e Vilmar Simão transfor- Pé da Notícia. Foi o embrião do Parceiro,
maram-se em verdadeiros “embaixadores” distribuído mensalmente até hoje, com no-
da Cooperja. Aproveitavam suas viagens tícias, informações e entrevistas sobre os
pelo Brasil para negociar o arroz, que ini- assuntos da Cooperja.
cialmente era vendido apenas no atacado,
em sacas de 50 kg. Estabeleceram, assim,
os primeiros laços comerciais em Curitiba,
Churrasco para comemorar o primeiro
São Paulo e Rio de Janeiro. recebimento de arroz: celebração
em meio ao trabalho intenso.
54