Page 155 - A Herança Alemã de Santa Catarina
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A HerAnçA Alemã de SAntA CAtArinA
Erwino Wetzel, que
começou produzindo
torneiras e registros em
latão. Abaixo, instalações
antigas de uma das
fábricas do grupo
Pode-se dizer que a trajetória da metalúrgica Wetzel, marcada
pela superação de dificuldades dos mais diversos tipos, come-
çou no dia 5 de agosto de 1856, com a chegada a Joinville do
alemão Friedrich Louis Wetzel, aos 22 anos. Nascido na cidade
de Homersdorf, na Saxônia, Friedrich começou a vida no Brasil
fabricando sabões e velas, ofício que já praticava na Alemanha.
Usava banha de porco como matéria-prima.
A colônia Dona Francisca tinha apenas cinco anos de fundação
e o jovem imigrante passou a viver na localidade de Anaburgo,
distante 10 km de Schroedersort, hoje denominada Joinville. Era
esse trajeto que ele percorria diariamente para vender os seus
produtos, que faziam bastante sucesso. Friedrich vendia tudo
o que conseguia fabricar e pensava em formas de aumentar
a produção. Esse foi o impulso que o tornou um pioneiro da
industrialização em Joinville.
O jovem empreendedor se casou com Elisa Proehl, em primeiras
núpcias, e depois com Emma Fridirike Rauter, tendo nove filhos
ao todo. Alguns anos antes de falecer, em 1918, aos 84 anos, ele
passou o comando da Companhia Wetzel Industrial para o filho
mais velho do segundo casamento, Germano, que, em sociedade
com os irmãos Ernesto e Júlio, começou a diversificar os negócios.
Com toda essa experiência acumulada dentro da família, a
geração seguinte foi a responsável pela criação da empresa
que colocaria definitivamente o sobrenome Wetzel na lista
dos mais destacados da economia catarinense. Em 1932, numa
sociedade entre Arnoldo e Erwino Wetzel, filhos de Germano, e
Wigand Schmidt, sobrinho de Germano, foi fundada a Schmidt,
Wetzel & Cia, pioneira no processo de fundição sob pressão
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