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Até meados do século O choque do avião abriu um rombo na lateral da residência e pedaços da fusela-
passado, visitar o gem chegaram a voar pelos cômodos. Um sofá foi derretido por uma parte do motor.
Ribeirão da Ilha exigia
uma viagem que se Os donos da casa escaparam ilesos. Desse dia em diante, o Largo Benjamin Constant
tornava longa por passou a ser conhecido como “Praça do Avião”. O calçamento de petit pavé ganhou
conta das condições o desenho de um avião partido, com a data do acidente.
precárias da estrada
Ironicamente, a apresentação em Florianópolis nem estava na programação da Esqua-
drilha da Fumaça. Na véspera, o grupo fazia uma viagem entre Porto Alegre e Rio de
Janeiro quando precisou pousar na capital catarinense porque um dos aviões – justa-
mente aquele que cairia – havia enfrentado um problema no motor. Realizado o con-
serto, veio o convite para que fizessem uma apresentação na cidade, em homenagem
à formatura de uma nova turma da Polícia Militar de Santa Catarina.
O acidente continuou sendo assunto por muitos dias. Depois, a vida seguiu. Em 1962,
o ensino da cidade ganhou a nova sede da Escola Industrial de Florianópolis, que pou-
cos anos depois teria o nome mudado para Escola Técnica Federal de Santa Catarina
e hoje é o atual Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), na Avenida Mauro Ramos.
Em 1964, foi inaugurada na mesma via a nova sede do Instituto Estadual de Educa-
ção, com forte influência da arquitetura modernista que havia inspirado o projeto da
capital do país, Brasília.
Em 1965, o poeta Zininho compôs o Rancho do Amor à Ilha para o concurso que es-
colheria o hino oficial de Florianópolis. A composição foi magistralmente gravada por
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