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Dias de campo


          No setor técnico, o evento apresentou
          inovações na cultura do arroz, incluin-
          do as novas cultivares ORYZA, OS 902
          CL da ORYZA&SOY, IRGA 426 CL e a
          EPAGRI SCS 127 CL. A programação
          também incluiu demonstrações de
          drones aplicados à cultura da banana,
          dinâmicas com cães de pastoreio e pa-                                                              Fotos: Caroba Produções
          lestras voltadas à pecuária.

          Os visitantes puderam explorar uma
          ampla exposição de máquinas, equi-
          pamentos, veículos e produtos da agri-
          cultura familiar. O prefeito de Jacinto
          Machado, Sander Just, destacou como
          o município cresce e se desenvolve ain-
          da mais com iniciativas que promovam
          o conhecimento e o turismo na região,
          a exemplo do Campo Agroacelerador.
          “As pessoas vêm conhecer Jacinto
          Machado graças a um grande evento
          como esse, que já é de porte nacional.
          É um dia festivo, que aproxima as pes-
          soas e as empresas”, relatou Just.

          Para a organização do evento, o Campo
          Agroacelerador vai além dos negócios
          gerados durante a feira e, a cada ano
          que passa, cresce em número de visitan-
          tes, por conseguir reunir todas as tecno-
          logias do campo em um único lugar. “O
          produtor se beneficia com esse evento
          através do conhecimento que ele vem
          buscar, através das vitrines, das culturas,
          do que a gente apresenta sobre os ma-
          nejos, as novas cultivares, a tecnologia
          que está por volta da semente, a tec-
          nologia das máquinas e os drones”, sa-
          lientou Jian Izidro de Borba, gerente do
          Campo Agroacelerador.
                                            Consumo da pitaia em              Para a safra de 2025, a Epagri esti-
          Conforme afirma  Vinícius Cechinel
          de Moraes, diretor de relacionamen- ascensão no Brasil             ma que a produção alcance 6,5 mil
                                                                              toneladas e gere um movimento
          to e grãos da Cooperja, a cooperativa                               financeiro de aproximadamente
          se prepara para expandir ainda mais   Durante a programação do 21º Campo   R$ 14 milhões. “A pitaia tem alta den-
          o evento. “Como o próprio nome do   Agroacelerador da Cooperja foi aberta,   sidade econômica e casa muito bem
          campo já diz, campo agroacelerador.   oficialmente, a colheita da pitaia em   em pequenas propriedades. O sul de
          E a gente quer fazer justamente isso.   Santa Catarina. Na safra passada, Santa   Santa Catarina é um dos maiores po-
          A cada ano, aumentar a abrangência   Catarina colheu cerca de 5 mil tonela-  los de produção de pitaia do Brasil”,
          desse evento. Começamos lá em 2005,   das de pitaia. Segundo dados da Epagri,   afirma  Dirceu Leite, presidente da
          na primeira edição, um evento locali-  no sul catarinense o cultivo da fruta está   Epagri. Ao todo, cerca de 340 famílias
          zado para produtores da região. Hoje,   presente em 300 hectares, com plan-  estão envolvidas no cultivo da pitaia
          nós temos produtores do Maranhão e   tas de distintas idades. A região sul é a   no estado, e algumas veem na cultura
          de Pernambuco nos visitando. A cada   principal produtora, com destaque para   uma alternativa para a diversificação
          ano a divulgação aumenta e o evento se   os municípios de São João do Sul, Santa   da propriedade e para a substituição
          torna mais atrativo”, defendeu Moraes.  Rosa do Sul e Sombrio.      no cultivo do fumo.
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