Page 7 - Guia das RPPNs de Santa Catarina
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RPPN: RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL




                                                        eserva Particular do Patrimônio natural (rPPn) é uma ca-
                                                   r tegoria de área protegida – ou unidade de Conservação,
                                                    como é oficialmente denominada no Brasil –, a única que para
                                                    ser criada depende do livre-arbítrio e da vontade do proprietário
                                                    de terras. qualquer cidadão pode requerer aos governos federal,
                                                    estadual ou municipal o reconhecimento de sua propriedade, no
                                                    todo ou em parte, como reserva particular. atualmente existem
                                                    mais de 80 rPPns em santa Catarina e mais de 1.400 em todo
                                                    o Brasil. os tamanhos variam de menos de um hectare até
                                                    dezenas de milhares de hectares, e elas estão espalhadas por
                                                    todos os biomas brasileiros.


                                                    as rPPns foram criadas em 1990, como uma estratégia para
                                                    promover a conservação da natureza por meio de áreas
                                                    protegidas através da iniciativa dos proprietários particu-
                                                    lares. essas reservas ganharam, com o passar dos anos,
                                                    importância no contexto nacional e internacional, o que
                                                    exigiu um instrumento legal mais adequado e com regula-
                                                    mentação mais detalhada. assim, em 1990 surgiu o decreto
                                                    nº 98.914, criando as rPPns, o qual foi substituído em 1996
                                                    pelo decreto nº 1.922.


                                                    Com a publicação da Lei nº 9.985/2000, que institui o sistema
                                                    nacional de unidade de Conservação da natureza (snuC), as
                                                    rPPns foram incluídas como uma das categorias de unidade
                                                    de conservação do grupo de uso sustentável. em função da
                                                    necessidade de adequar os procedimentos de criação, gestão
                                                    e manejo da categoria, foi publicado em 5 de abril de 2006
                                                    o decreto nº 5.746, regulamentando as rPPns, sendo essa a
                                                    primeira categoria de unidade de Conservação regulamentada
                                                    por decreto após a publicação do snuC.


                                                    as rPPns têm sido consideradas uma grande alternativa para
                                                    a ampliação do snuC, principalmente por formarem uma ca-
                                                    tegoria de unidade de Conservação que integra a sociedade
                                                    civil com o poder público na busca pela conservação dos
                                                    ecossistemas brasileiros. o caráter protecionista e severamente
                                                    restritivo das atividades humanas nas rPPns foi reforçado,
                                                    permitindo no interior de tais reservas apenas a realização
                                                    de obras de infraestrutura que sejam compatíveis e neces-
                                                    sárias às atividades permitidas dentro dos seus limites, que
                                                    são as atividades de cunho científico, cultural, educacional,
                                                    recreativo e de lazer.


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