Page 9 - Águas Subterrâneas: um Patrimônio Catarinense
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ÁGUAS SUBTERRÂNEAS, UM PATRIMÔNIO CATARINENSE




               USO CONSCIENTE É PREMISSA DE TODOS



               A disponibilidade de água, tanto em quantidade como em qualidade, é um dos principais fato-
               res limitantes do desenvolvimento das cidades. Nesse sentido, a grande questão é gerenciar
               o crescimento das cidades aliado ao desenvolvimento sustentável. Para isso, é necessário o
               incentivo de instrumentos e novas tecnologias gerenciais de proteção, planejamento e utili-
               zação dos recursos hídricos, adequando o planejamento urbano à vocação natural do sistema
               hídrico. As bacias que contêm mananciais de abastecimento devem receber tratamento es-
               pecial e diferenciado, pois a qualidade da água bruta depende da forma pela qual os demais
               trechos da bacia são manejados.


               Em Santa Catarina, a partir da criação dos Comitês de Gerenciamento de Bacias Hidrográfi-
               cas, em 1993, muitos avanços foram realizados. Os principais rios no Estado possuem seus
               Comitês de Bacias. Em 2018, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Sustentável (SDS)
               concluiu a elaboração do Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH) que serve de norte
               para o uso e a gestão das águas superficiais e subterrâneas do Estado nos próximos 10 anos.


               Vivemos um momento oportuno para reflexões e análises sobre os aprimoramentos neces-
               sários e os desafios a serem superados, o que tem se expressado em diversas situações ao
               longo desses anos, especialmente nas situações de crise hídrica. Resultados apresentados pelo
               PERH apontam que, em um prazo de nove anos, a demanda do uso da água tende a duplicar,
               o que fortalece a necessidade de medidas para um uso mais racional dos recursos hídricos.


               É nesse contexto que a SDS, dentro das suas competências institucionais, vem: trabalhando na
               formulação de ações que visem à minimização de impactos sobre os mananciais de abasteci-
               mento com foco nas áreas densamente urbanizadas; promovendo a articulação institucional e
               legal entre Estado e municípios na gestão das águas; e aprimorando a gestão ambiental urbana.


               É importante refletir que o uso consciente da água é uma premissa de todos, sendo fundamen-
               tal o papel do poder público em identificar as oportunidades e os desafios. Melhorar a forma
               de usar a água envolve algo muito mais sério do que lucro ou conforto imediato: é a garantia
               do desenvolvimento com perspectivas melhores para as próximas gerações.


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                                        Secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável



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