Page 70 - BUDDEMEYER 70 ANOS
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A TERCEIRA GERA Ç Ã O: ARRO JO E INO V A Ç Ã O
certamente entraria em colapso nos anos seguintes se
continuasse integrado à sede da empresa, no centro
de São Bento do Sul.
Como a produção havia crescido muito, não havia mais
água disponível para a empresa na quantidade ne-
cessária. Dois terços do abastecimento dependiam da
fonte pública, a mesma utilizada pela população – que,
naturalmente, teria prioridade em caso de escassez.
A Buddemeyer já havia perfurado o que era possível
em poços artesianos e em alguns momentos se via
obrigada a recorrer a caminhões-pipa.
Moisés Machado, gerente da tecelagem, lembra que
essa situação provocava efeitos negativos também
sobre a qualidade do trabalho. “A mistura da tinta era
um processo ainda manual e a captação de água de
diversas origens deixava o resultado irregular”, ele des-
creve. “Você colocava sobre a mesa cinco ou seis fios de
uma determinada cor vermelha e a olho nu dizia que
eram iguais, mas, quando ia para o tear e começava a
confeccionar, percebia que havia diferenças entre eles.”
Para levar o projeto da nova tinturaria adiante, não se
tratava apenas de encontrar um lugar com forneci-
mento de água suficiente, mas também de construir
uma estrutura adequada às novas exigências ambien-
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