Page 52 - BUDDEMEYER 70 ANOS
P. 52
A SE GUND A GERA Ç Ã O: E X P ANSÃ O GRADU AL
do por todos, tinha a fama de ser sério, mas também
justo e humano.
Quando Fritz faleceu, os teares que ele havia trazido de
Itajaí ainda estavam em atividade – e assim ficariam por
mais algum tempo. Em 1972, ao ingressar na empresa
com apenas 15 anos, o futuro gerente de tecelagem
Moisés Machado ainda trabalhou com essas máquinas,
que corriam a 90 rotações por minuto (RPM) – hoje, para
efeito de comparação, os teares da Buddemeyer rodam
a 800 RPM. “Aqueles teares eram todos tocados por um
mesmo motor, que acionava as correias. A troca da tra-
ma era manual e exigia a parada da máquina”, descre-
ve Moisés. Como havia quedas frequentes de energia,
a empresa precisava ter gerador próprio.
Em meados daquela década de 1970, a empresa começou
a substituir os velhos teares por máquinas com-
pradas na Alemanha – de segunda mão, pois ain-
da não havia capital disponível para equipamentos
novos e de primeiríssimo nível. Certamente já era
um avanço significativo, no entanto. Um dos tea-
res pioneiros fabricados por Fritz foi preservado
e encontra-se em exibição no saguão de entrada
da empresa, como símbolo dessa grande história
de empreendedorismo.
48